Atendimento Educacional Especializado na
Educação Escolar de pessoas com surdez
Palavras- CHAVE: Inclusão,
Libras, Atendimento Educacional Especializado
A
inclusão de pessoas com surdez na escola comum requer que se busquem meios para
beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula comum como no
Atendimento Educacional Especializado, sendo que o AEE de acordo com a Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva:
“Tem como função identificar, elaborar e
organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade eliminando barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas”.
(MEC/SEESP, 2007).
O AEE para alunos com surdez, na
perspectiva inclusiva estabelece como ponto de partida a compreensão e o
reconhecimento do potencial e das capacidades dessas pessoas, vislumbrando o
pleno desenvolvimento e a aprendizagem; Sendo reconhecido e assegurado por
meios legais o direito a uma educação bilíngüe, em todo processo educativo.
Damázio
esclarece que:
A inclusão do aluno
com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior,
garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita para superar
as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares,
exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso
país.
Mais do que a
utilização de uma língua, os alunos com surdez precisam de ambientes
educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas
capacidades, em todos os sentidos.
O
plano de AEE é elaborado de acordo com estudos prévios das habilidades e
necessidades educacionais dos alunos com surdez, levando em consideração as
possibilidades e barreiras que estes alunos encontram no processo de
escolarização.
Considerando
a necessidade do desenvolvimento da capacidade representativa e lingüística dos
alunos com surdez, a escola comum deve viabilizar sua escolarização em um turno
e o Atendimento Educacional Especializado em outro, contemplando os três
momentos pedagógicos: O ensino de Libras, o ensino em Libras e o ensino da
Língua Portuguesa.
Na
visão de Damázio os três momentos didáticos pedagógicos devem acontecer:
_ AEE
em Libras ocorre sempre no contra turno o professor do AEE trabalha com os
conteúdos curriculares que estão sendo estudado no ensino comum em Libras
articulado com o professor da sala comum.
_ AEE
de Libras é realizado também no contra turno por um professor ou instrutor de
libras de preferência surdo, sendo que este professor deve conhecer os termos
técnicos – científicos das diversas áreas do conhecimento.
Para
atuar no ensino de Libras, o professor do AEE precisa ter conhecimento
estrutura e fluência em Libras, desenvolver os conceitos em Libras de forma
vivencial e elaborar recursos didáticos.
_ AEE
para o Ensino da Língua Portuguesa é de extrema importância para o
desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com surdez e deve ocorrer na Sala de
Recursos Multifuncionais também no contra turno e deve ser desenvolvido por um
professor com formação em letras ou que tenha habilidades e conhecimentos
lingüísticos da língua portuguesa. É uma proposta bilíngüe onde o aluno surdo
aprenderá a Libras como língua mãe e o português que é a língua da comunidade
ouvinte.
Portanto, o Atendimento Educacional
Especializado e o atendimento na sala de aula regular devem caminhar em
parceria visando sempre o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos com
surdez.
Referências
Bibliográficas.
BRASIL, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva. Secretaria de Educação Especial – MEC/SEESP, Brasília:2007.
COLETÂNEA UFC – MEC/2010: A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento
Educacional Especializado em Construção.
SILVA, Alessandra da. Deficiência
auditiva/ Alessandra da Silva, Cristiane Vieira de Paiva Lima, Mirlene Ferreira
Macedo Damázio – São Paulo:MEC/SEESP,2007. (Atendimento educacional
especializado).